O alquimista

NEM TRANSMUTAÇÃO DE METAIS NEM ELIXIR DA LONGA VIDA - A PEDRA FILOSOFAL AO PODER

terça-feira, dezembro 18, 2007

Cântico Negro

(...)

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
(...)

José Régio

2 Comments:

  • At 6:18 da tarde, Blogger MJ said…

    Boa tarde, doce Alquimista :-)

    "...Eu tenho a minha Loucura !"

    E que jeito me vai dar para pedir a aposentação antecipadamente :-)

    (Perdoa-me o "comentário" mas não resisti... :-)

    Beijo pré-natalício*

     
  • At 9:33 da tarde, Blogger alquimista said…

    Olá MJ:

    Realmente, com todas estas investidas
    dirigidas à classe, quem é que não fica...

    Um beijo sadio... por enquanto !

     

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