O alquimista

NEM TRANSMUTAÇÃO DE METAIS NEM ELIXIR DA LONGA VIDA - A PEDRA FILOSOFAL AO PODER

terça-feira, abril 22, 2008

OS MEUS CRAVOS DE ABRIL ...


A MÚSICA

E Depois do Adeus



O POEMA


As portas que Abril abriu

Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra.

Onde entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.

Era uma vez um país
onde o pão era contado
onde quem tinha a raiz
tinha o fruto arrecadado
onde quem tinha o dinheiro
tinha o operário algemado
onde suava o ceifeiro
que dormia com o gado
onde tossia o mineiro
em Aljustrel ajustado
onde morria primeiro
quem nascia desgraçado.

(...)

2 Comments:

  • At 5:42 da tarde, Blogger MJ said…

    Boa tarde, doce Alquimista :-)

    Que bem escrevia este homem! Que saudades... :-(

    As canções que ficaram eternamente ligadas a este movimento de libertação também são magníficas.

    Será que estou a ficar nostálgica? Se calhar... :-(

    Beijo encarnado*

     
  • At 12:35 da manhã, Blogger alquimista said…

    Olá MJ:

    Bem, se estás a ficar nostálgica, já somos dois... :(

    Mas não percas a esperança. Todos os anos há um Abril... e todos os dias um cravo no coração.

    Um beijo cravado :)

     

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