O alquimista

NEM TRANSMUTAÇÃO DE METAIS NEM ELIXIR DA LONGA VIDA - A PEDRA FILOSOFAL AO PODER

quarta-feira, agosto 10, 2011

O 11 DE SETEMBRO


O próximo ano é o 11º do 11 de Setembro. Não falta por aí quem faça alusões às várias coincidências com base neste número, como por exemplo, o facto de New York City , Afeganistão ou George W. Bush terem onze letras, do primeiro voo que embateu nas torres ser o nº 11 e de levar a bordo 92 passageiros (9+2=11) ou ainda que o dia 11 de Setembro é o dia número 254 do ano (2+5+4 = 11) e que Nostradamus (11 letras) profetiza a destruição de Nova Iorque na Centúria número 11 dos seus versos. Coincidências ou algo mais do que isso, pouco importa, porque nunca teremos certezas absolutas.

Salvaguardadas as devidas proporções e a afinidade corporativa, quero aqui fazer uma rápida, desproporcionada e talvez abusiva ponte aérea entre este acontecimento no país em que os ameríndios ainda se deslocam a cavalo e outros aqui na nossa terra em que alguns dos seus nativos passaram de cavalo para burro.

A Linha S.O.S. Professor recebeu durante um ano cento e oitenta e quatro chamadas de docentes vítimas de agressão por parte de alunos. Isto significa que metade de um professor é agredido diariamente ou, na melhor (?) das hipóteses, um professor inteiro é violentado dia sim dia não (férias, feriados e fins de semana incluídos, que, como se sabe, são privilégios que não faltam a esta corja de malandros com termo de identidade e residência).

Por isso, a tormentosa questão (mais uma) que se coloca é a de se saber se os docentes irão usar meia armadura diariamente (e aqui novo dilema se depara, qual a parte do corpo que os privilegiados docentes irão privilegiar com a protecção, eu não teria qualquer tipo de dúvida) ou se, por outro lado, optarão por usá-la na sua totalidade, mas em dias alternados.

Numa altura em que proliferam as acções de formação para docentes relativas à "Educação para a Saúde e Sexualidade" dos alunos e prevenção dos seus eventuais comportamentos de risco, talvez não fosse mal lembrado alterná-las com sessões práticas de Karaté, Judo, Taekuondo ou Aikido, de modo a diminuir o risco de reformas antecipadas que agravariam ainda mais a precária situação da Segurança Social.

Até lá, os alunos continuarão a atirar aviõezinhos de papel para o quadro e os professores a olhar para o ar, não lhes vá cair “algum em cima”, que também tem onze letras.