O alquimista

NEM TRANSMUTAÇÃO DE METAIS NEM ELIXIR DA LONGA VIDA - A PEDRA FILOSOFAL AO PODER

sábado, agosto 13, 2011

OS 25 MAIS POBRES DE PORTUGAL


Zé Roberto continua a liderar a lista dos 25 mais pobres de Portugal e Aniceto Milagres substituiu Jacinto Evangelista no 2º lugar. Os pobres estão mais pobres. As economias dos 25 maiores sem abrigo em Portugal somam 14,7 euros, o que corresponde a uma descida de 18,7% face a 2010, segundo o estudo anual da Vexame.

A pobreza de Zé Roberto, líder do ranking pelo terceiro ano consecutivo, cresceu vinte e oito por cento graças às más acções praticadas pelo mesmo durante o último outono que o levaram a Custóias no último trimestre do ano, com a inerente desvalorização de património, avaliado nesta altura em 5,72 euros. Aniceto Milagres ultrapassou Jacinto Evangelista, subindo do quarto para o segundo posto, em virtude das participações que tinha na esmoleira de Zé Roberto. Quanto a Jacinto Evangelista, líder do grupo SÓCAI, é agora terceiro com uma esmolaria avaliada em 2,84 euros.

Como se constata, as grandes misérias portuguesas continuam nas mãos de meia dúzia de homens, quase todos sem família e sem trabalho, habitando tranquilamente em vãos de escada ou de pontes com vistas para o rio, enquanto o resto da população vive acelerada de casa para o emprego e do emprego para casa, fechada em condomínios com vistas para lado nenhum.

Segundo Vitor Hugo, especialista na matéria, os miseráveis estão cada vez mais distantes dos ricos. É a conclusão óbvia que se pode tirar dos resultados dos últimos anos, disse. Os economistas afirmam, por outro lado, que grande parte dos mendigos continuam de mão estendida nas soleiras das habitações ou à saída da missa das onze em lugar de se tornarem pedintes empreendedores, como por exemplo, os seus colegas que metem o jornal debaixo do braço e o boné no cima da cabeça e vão para a baixa ajudar ao estacionamento.

Seja como for, o dilema continua: acabar com os pobres ou acabar com os ricos? Por mim, acabava com ambos. Não por me encontrar de fora de qualquer destes lobbys, mas porque deste modo se evitariam as fastidiosas e intermináveis reuniões da concertação social (tida como uma espécie de neocorporativismo) ou mesmo das ONG’s. Depois, a tão falada e amesquinhada classe média teria finalmente oportunidade de aplicar aquilo que é a verdadeira génese do conceito democrático, o poder da maioria, neste caso com a vantagem acrescida de ser única e absoluta…