O alquimista

NEM TRANSMUTAÇÃO DE METAIS NEM ELIXIR DA LONGA VIDA - A PEDRA FILOSOFAL AO PODER

quinta-feira, novembro 29, 2007

O PORTO A 6 X 9


QUINTA DE VILAR

Não parece, mas é no Porto, visto do Seminário de Vilar !


Casa de campo dos Pacheco Pereira (no início do séc. XX) à entrada da Rua de Vilar.


DOENTES DEPRIMENTES

Quando o homem que mordeu o cão, o vizinho que esfaqueou a mulher ou o assaltante que foi abatido a tiro são as notícias (escravizadas aos números das audiências) a que certa comunicação social dá mais relevo, apontamentos como os que li este fim de semana sobre "citações" de pacientes, eventualmente durante consultas médicas, são dignas de serem partilhadas convosco.
Eles serão o tema dos próximos posts.


"Tenho a língua cheia de áfricas"



"Fui ao Ftalmologista, meteu-me uns parafusinhos nos olhos a ver se as lágrimas caíam"



"Ouço mal, vejo mal, tenho a mente descaída"


quarta-feira, novembro 28, 2007

Mesmo quando as coisas se voltam do avesso, há sempre qualquer coisa que nos agarra.

domingo, novembro 25, 2007


Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.
Chegamos? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos.

(Sebastião da Gama)

quinta-feira, novembro 22, 2007

Ei-los que voltam...



Quem me leva os meus fantasmas

Quem me salva desta espada
Quem me diz onde é a estrada

Pedro Abrunhosa


Há seis anos, no início do seu primeiro mandato, o Presidente da Câmara do Porto afirmou que iriam desaparecer das ruas da cidade os arrumadores de automóveis.

Para arrumadores de palavras, conheço bem melhor...

domingo, novembro 18, 2007


Hoje venho dizer-te que nevou
no rosto familiar que te esperava
Não é nada, meu amor, foi um pássaro
a casca do tempo que caiu,
uma lágrima, um barco, uma palavra.

Foi apenas mais um dia que passou
entre arcos e arcos de solidão;
a curva dos teus olhos que se fechou
uma gota de orvalho, uma só gota,
secretamente morta na tua mão.

Eugénio de Andrade

sábado, novembro 17, 2007

Para quê os dias coloridos de cinzentas madrugadas?

sexta-feira, novembro 16, 2007


Longos são os dias
onde a dor impera
e o vazio existe.
Longas são as horas
onde os minutos faltam
em cada segundo que passa.

Longos são os passos
que dou para te encontrar.
Longas são as mágoas
que o rio lava
sem parar.

Longos são os gritos
de inquietação
e desalento.

Longas as raízes
que me prendem
e fazem esperar.

quinta-feira, novembro 15, 2007


E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes

encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes

ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos

E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se envolam tantos anos.

David Mourão-Ferreira

quarta-feira, novembro 14, 2007

VINICIUS - O poeta dos amantes

Assim como o Oceano, só é belo com o luar
Assim como a Canção, só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem, só acontece se chover
Assim como o poeta, só é bem grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor, não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você!


terça-feira, novembro 13, 2007

Ponte ferroviária Maria Pia (construída em 1877), em 1º plano.

Ponte ferroviária de S.João (construída em 1991), em 2º plano.

Ao longo da história, as pontes construíram-se para unir aquilo que os rios separavam: as margens, as terras e os homens.

No entanto, foram (e continuam a ser) locais estratégicos cobiçados por exércitos ou colocados sob a mira de bombardeamentos aéreos guiados por raios laser.

As duas pontes da foto unem entre si dois tempos distintos de uma cidade distinta, com um enorme património DE humanidade.

Assim pudéssemos viver, diariamente, navegando na intemporalidade da sua significância.

sábado, novembro 10, 2007

"Conquistar um parceiro é uma arte, mantê-lo é um emprego..."

Simone de Beauvoir

quinta-feira, novembro 08, 2007

CHOCOLATE PRETO AJUDA A PREVENIR PROBLEMAS CARDÍACOS


Tal como a aspirina, alguns quadradinhos de chocolate preto por dia ajudam a reduzir a coagulação sanguínea e diminuir os riscos de bloqueio das artérias responsável por numerosas crises cardíacas, revela um estudo publicado nos Estados Unidos.

Não era necessário estudo para nada. Toda a gente já sabia que as questões de coração se resolvem, muitas vezes, com recurso ao chocolate...

quarta-feira, novembro 07, 2007


Ribeira, vista da Ponte D.Luíz

"Normalmente, um solitário é uma pessoa que gosta de estar sozinha com muita gente á volta dela. A solidão à moda do Porto, normalmente é isso".

Agustina Bessa-Luís

domingo, novembro 04, 2007

2º LUGAR

A NATIONAL GEOGRAPHIC considerou as ilhas dos AÇORES como as segundas melhores do mundo para passar férias.

No entanto, há muitos açoreanos que não ficaram nada satisfeitos com a notícia !

Por que será ?



sábado, novembro 03, 2007


Entre os teus lábios
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.

No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.

Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.

Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.

Eugénio de Andrade

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Eugénio de Andrade

quinta-feira, novembro 01, 2007

50 ANOS, HOJE

Cinderela das histórias a avivar memórias, a deixar mistério
Já o fez andar na lua, no meio da rua e a chover a sério.

Ela, quando lá o viu, encharcado e frio, quase o abraçou.
Com a cara assim molhada ninguém deu por nada, ele até chorou...





(...) aqueles despenhadeiros escorregadios e mal calçados que nossos avós, de tão bom contento, tinham a indulgência de chamar ruas.

A. GARRETT (O Arco de Sant'Ana)