Professor é a profissão em que os portugueses mais confiam.

Segundo uma sondagem realizada para o Fórum Económico Mundial, os professores são a profissão em que os portugueses mais confiam e também aquela a quem confiariam mais poder no país.

Os professores merecem a confiança de 42% dos portugueses, muito acima dos 24% que confiam nos líderes militares e da polícia, dos 20% que dão a sua confiança aos jornalistas e dos 18% que acreditam nos líderes religiosos. Os políticos são os que menos têm a confiança dos portugueses, com apenas 7%.

Relativamente à questão de quais as profissões a que dariam mais poder no seu país, os portugueses privilegiaram os professores (32%), os intelectuais (28%) e os dirigentes militares e policiais (21%), surgindo em último lugar, com 6%, as estrelas desportivas ou de cinema.

(Fonte: Agência Lusa)

É óbvio que todos sabemos quem não participou nesta votação de confiança !!!

O PUZZLE

Uma peça a menos faz toda a diferença...

Prefiro o Tango

Assassinado faz hoje 60 anos

"A vela da não-violência deve ser capaz de ficar acesa mesmo quando o ciclone da violência a envolver."
MAHATMA GANDHI (Nascido em 1869 e morto em 1948, tinha John Lennon 8 anos)

À queima-roupa

Em Monte Real, quando efectuava o seu primeiro voo, um F-16 da Força Aérea caiu.
Foram vinte milhões de euros que ... arderam !


Em Marvila, a mãe de um aluno da Escola EB 2,3 apresentou queixa na PSP contra uma professora, acusando-a de ter agredido o filho com um ... extintor!

Como está bem de ver, em lugar de passarem o tempo em dezenas de reuniões a preencher fichas de avaliação de colegas, os professores deviam prestar mais atenção aos catastróficos noticiários e utilizar os já de si parcos recursos existentes nas escolas nos locais e nos momentos mais adequados.

Obs. 1: Segundo o Director, perdão, o Conselho Executivo da Escola, o aluno em causa (que já foi suspenso por três vezes este ano e tem, inclusive, acompanhamento especial) estava em luta com um colega, tendo-se apoderado do extintor para o agredir. Foi nessa altura que a professora interveio, tendo-se o extintor disparado acidentalmente...

Obs. 2: Todos os dias as TV's montam a "tenda" em frente de uma Urgência ou de um Centro de Saúde prestes a fechar, dando voz à revolta popular.
Está na hora de fazerem o mesmo à porta das salas de professores de todas as escolas deste país.
Não dá audiências mas dá credibilidade.

O fim e o princípio

"Precisávamos de ter várias vidas para acertar com uma"
(Manuel Hermínio Monteiro, ex-editor da Assírio e Alvim)



"Precisávamos de ter várias mortes para não acertar em nenhuma"
(Alquimista, actual editor do mesmo)

Cão como nós - VIII (FIM)

"Houve um poeta que me disse que o mundo, tal como está, pode matar. Não vou deixar que isso aconteça, sei bem que tenho uns ferros dentro do coração e que de repente posso começar a escorregar para dentro de mim mesmo.

Foi isso mesmo que o Zeca Afonso disse ao ouvido da mulher quando estava a morrer: Não consigo parar.

Mas não vou deixar que o mundo, tal como está, dê cabo de mim. Tenho as minhas canas de pesca e as minhas espingardas. É sempre possível ir aos robalos, dar uns tiros. Ou então pegar na caneta e vir para aqui falar contigo.

Um cão nunca abandona o dono. Mesmo que não te veja sei que estás aí: é quanto me chega. As minhas armas e eu. O meu cão e eu."

Cão como nós - VII

"Zanguei-me com toda a gente, não me deixes agora, é em momentos assim que um homem precisa do seu cão".

Cão como nós - VI

"Podes correr comigo pela praia fora, aqui ninguém nos vê, somos só nós e o mar, saltas a meu lado como se fosse um pedaço de areia e vento, uma estátua movente, cão de água, anda daí comigo por esta noite dentro".

Cão como nós - V

"É possível que o meu pai também ande por aí. Às vezes sinto-o dentro de mim, ele apodera-se dos meus próprios gestos, entra no meu andar, não é a primeira vez que a minha irmã me diz: Pareces o pai.

Mas não sei se ela sabe que a cadeira vazia do pai não está vazia, há nela uma ausência sentada e agora, sempre que vamos a Águeda, há, a seus pés, uma ausência enroscada."

Cão como nós - IV

"É melhor que não faças fitas, são pessoas de cerimónia as que estão cá hoje, deixa os chocolates em paz, não me obrigues a dar uma sapatada num cão que não se vê".

Cão como nós - III

"Sei muito bem que as pessoas saem dos retratos, sei isso desde pequeno, mas tu não, estás proibido de voltar a fazer o que fizeste esta noite, não poso entrar na sala e ver outra vez a tua moldura vazia".

Cão como nós - II

"É capaz de haver moira na costa, andas outra vez a passar a noite com o focinho encostado à porta e a gemer, há por aí cadela saída, não me admirava que fosse a do prédio do lado, aquela que morreu no ano passado."

Cão como nós - I

"Sei que andas por aí, oiço os teus passos em certas noites, quando me esqueço e fecho as portas começas a raspar devagarinho, às vezes rosnas, posso mesmo jurar que já te ouvi a uivar, cá em casa dizem que é o vento, eu sei que és tu, os cães também regressam, sei muito bem que andas por aí."

"Os filhos são as âncoras que mantêm as mães agarradas à vida."

Sófocles

IX. Professora ... mas não muito

O casamento de uma professora tinha de ser autorizado pelo Governo, e os noivos, os homens, eram obrigados a apresentar dois atestados: um de bom comportamento moral e cívico e outro em como auferia um vencimento superior ao da mulher, ou possuía meios suficientes para a sustentar, dispensando os rendimentos da professora.

VIII. Isqueiro

"Oh senhor guarda, isto não é um isqueiro; é um acendedor"

Defender os patrões dos fósforos, ou dos amorfos, como lhes chamavam, dessas máquinas do diabo, designadas na lei, também por "acendedores", era a razão que levava o antigo regime a impor a obtenção de uma licença idêntica à de caça ou de porte de arma a todos os que pretendessem acender um cigarro na via pública.

VII. Divórcio

Quando uma mulher casada pela Igreja se separava, escolhia novo companheiro e ficava grávida de um filho deste, no momento de registar a criança, era obrigada a dar ao rebento o apelido do seu (ainda e para sempre) marido.

A alternativa era o registo ser feito apenas pelo verdadeiro pai (o biológico). Daí que, hoje, milhares de portugueses vejam registada na sua certidão de nascimento a classificação absurda de "filho (a) de mãe incógnita".

No entanto, neste "particular", os tempos não mudaram tanto quanto isso. O ano passado, Bento XVI fez questão de recordar que os católicos divorciados que voltem a casar estão proibidos de comungar, a menos que se comprometam a viver com o novo companheiro como amigos ou irmãos, isto é, sem relações sexuais...

VI. Estrangeiro

Como hoje acontece com os filhos menores, uma mulher casada estava sujeita à autorização do marido, quer tivesse passaporte próprio quer fizesse parte do passaporte "familiar", para sair do país.

V. Bebidas

Salazar dizia que o vinho dava de comer a um milhão de portugueses. Pelo que o mesmo sempre foi protegido relativamente à "invasão" do mercado por outras bebidas.

A primeira tentativa de entrada no país da Coca-Cola deu-se, ainda, em 1927. O slogan de lançamento foi elaborado por Fernando Pessoa, esse mesmo, e dizia: "Primeiro estranha-se, depois entranha-se". Mas a associação da bebida à cocaína impediu, na altura, a sua entrada no mercado.

Que apenas se concretizou em 1977. Curiosamente, rejeitada por alguma esquerda que a considerava "a beberragem suja do imperialismo americano", tendo mesmo o extinto O Diário, jornal oficioso do Partido Comunista, recusado uma campanha publicitária da marca no valor de milhares de contos ...

Mudam-se os tempos ... nem sempre as vontades.

IV. Livros

Para os Marxistas, a religião era o ópio do povo. Para a Ditadura, o ópio estava nos livros.

Livros como este, eram apreendidos pela PIDE e os seus detentores interrogados ou mesmo presos por possuirem literatura subversiva que incitava à violência ...

Sobre este livro de Miguel Torga, o único do autor que não sofreu sanções, a Censura pronunciou-se da seguinte forma:

"Há cenas de amor e de relações carnais; mas são descritas com tanta perfeição que lhe tiram a intenção pornográfica que, aliás, pode afirmar-se, torna este livro susceptível de ser lido por toda a gente, incluindo senhoras."

III. Mini-saia

Nos liceus femininos, a bata devia chegar aos joelhos, e, por baixo, ser acompanhada pelo tecido da saia. Alguns, mais tolerantes, permitiam que se mostrasse a metade inferior do joelho, desde que os soquetes fossem bem puxados para cima.

Mini-saia, nem por sombras...

II. Biquini

Conta-se a história de uma inglesa que, numa praia do Estoril, interpelada pelo cabo do mar no sentido de cobrir a barriga, aos gritos de "just one piece", terá entendido menos bem o inglês da autoridade e tirou a parte de cima do biquini.

"Se é só uma peça, fico com a de baixo, ok?"

I. Aquilo

Excerto da portaria nº 69035 da Câmara Municipal de Lisboa, datada de 1953, a propósito do "aumento de actos atentatórios à moral e aos bons costumes".

Artigo 48º

1º - Mão na mão 2$50
2º - Mão naquilo 15$00
3º - Aquilo na mão 30$00
4º - Aquilo naquilo 50$00
5º - Aquilo atrás daquilo 100$00
6º - Parágrafo único - Com a língua naquilo 150$00 de multa, preso e fotografado.

UM PAÍS DESCONHECIDO À NOSSA ESPERA...

Passaram já 34 anos. Até lá tudo era proibido. Os próximos "capítulos" são dedicados à geração dos morangos. Para que saibam que, naqueles tempos, a fruta era outra...

... e a amor visto de muito longe é apatia.

Alquimista

O erotismo visto de muito perto é pornografia...

Vasco Graça Moura

A CAMINHO DA SIC ...

… mas só regressam, segundo dizem, em Setembro.

Noves meses sem a mais séria e perigosa oposição ao governo.

Vejam como ficou contente…

AFINAL HAVIA OUTRO ...

ALCOCHETE foi o local escolhido para o novo Aeroporto de Lisboa. Acabou-se a BATOTA.

Mário Lino "jamé" !

Seria altamente risível se não fosse preocupante, o facto de o governo se ter, bovinamente, enganado quanto ao maior investimento público e estruturante para o desenvolvimento do país.

A discriminação por parte dos poderes centralistas de Lisboa tem sido muitas vezes desculpa para a falta de iniciativa e empreendedorismo de alguns dos agentes económicos do Norte. Há que reconhecer.

Por isso, é de saudar a intenção da SONAE em gerir o Aeroporto Sá Carneiro. A Associação Comercial do Porto, a Junta Metropolitana do Porto e até o próprio governo já se mostraram favoráveis a essa privatização. A este crescente interesse não é alheio o facto de em 2007, o Sá Carneiro ter registado um maior número de passageiros que os três aeroportos da Galiza juntos: Vigo, Pontevedra e Corunha.

Vejamos, agora, se o comportamento do governo perante o interesse desta empresa do norte será diferente daquele que teve quando da OPA sobre a PT, em que desempatou para o lado da empresa da capital.

HÁ QUE POUPAR...

No dia em que a inflação foi revista em alta (mais 0,3%) e o crescimento em baixa (menos 0,2 %) soube-se que um português utiliza óleo de fritar já usado como combustível para o seu automóvel, apenas com a ajuda de um pequeno adaptador, conseguindo as mesmas performances que o gasóleo.

Será que, quando vai ao restaurante, em lugar de pedir ossos para o cão, pede óleo da cozinha para o automóvel?

MAS QUE LATA...

BIANCHI PRATA, um dos nossos mais conceituados corredores de Motocross, Supercross e Enduro explica assim os enormes progressos dos pilotos portugueses, que se têm aproximado, ultimamente, dos pilotos estrangeiros:

"É que, lá fora, com as restrições de carácter ambiental, cada vez se pode andar em menos locais.
Em Portugal, pode-se andar, praticamente, por todo o lado."

Ó PRATA, tens cá uma lata...

Toma lá ... Da kar

A PROPÓSITO DE VÍCIOS

Com o rabo de fora … ou a pedagogia da dissuasão

Sem pretender fazer qualquer juízo de valor, sempre direi que o exemplo vale mais e fica mais barato que mil campanhas publicitárias.

E o CO2 ?

A propósito da proibição de fumar em cafés e restaurantes, um cliente entrevistado a tomar a sua “bica” numa esplanada, em pleno Inverno, retorquiu, indignado:

"Isto não está bem! Somos obrigados a vir fumar cá para fora e apanhar com o fumo dos escapes dos automóveis!"

Pois...

O PRIMEIRO DIA

A principio é simples, anda-se sozinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no burburinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Sérgio Godinho