quarta-feira, abril 30, 2008
terça-feira, abril 29, 2008
A Sabedoria da Tartaruga ...
Num tempo em que todos nos queixamos da falta dele, os próximos posts serão dedicados ao que nos faz perdê-lo. Leiam, se o tiverem...

"Se a humanidade é algo que deve começar com a razão, com o sentimento, com uma relação humana mais estreita e mais justa, com mais conhecimento do outro, então eu direi que cada vez mais estamos longe disso.
As três doenças da civilização actual são a progressiva incomunicação, uma revolução tecnológica que não temos tempo para assimilar nem sabemos onde nos leva, e uma concepção da vida que passa unicamente pelo triunfo pessoal, individual."
José Saramago
sábado, abril 26, 2008
EM ABRIL, NUNCA É TARDE ...

Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia
Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia
Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram
Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram
Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto
Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto!
José Carlos Ary dos Santos
sexta-feira, abril 25, 2008
quinta-feira, abril 24, 2008
terça-feira, abril 22, 2008
OS MEUS CRAVOS DE ABRIL ...
A MÚSICA
O POEMA

As portas que Abril abriu
Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra.
Onde entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.
Era uma vez um país
onde o pão era contado
onde quem tinha a raiz
tinha o fruto arrecadado
onde quem tinha o dinheiro
tinha o operário algemado
onde suava o ceifeiro
que dormia com o gado
onde tossia o mineiro
em Aljustrel ajustado
onde morria primeiro
quem nascia desgraçado.
(...)
segunda-feira, abril 21, 2008
RETRATOS DO PORTO - XII
EUGÉNIO DE ANDRADE
domingo, abril 20, 2008
RETRATOS DO PORTO - X
MIGUEL TORGA
sábado, abril 19, 2008
RETRATOS DO PORTO - IX
AQUILINO RIBEIRO
RETRATOS DO PORTO - VIII
JAIME CORTESÃO
Nota "Alquimista": A expressão "esperto como um alho", tão frequente nesta cidade, tem origem no nome deste antigo mercador, atendendo à esperteza que demonstrou na negociação do referido tratado.
RETRATOS DO PORTO - VII
RAUL BRANDÃO
sexta-feira, abril 18, 2008
RETRATOS DO PORTO - V
RAMALHO ORTIGÃO
quinta-feira, abril 17, 2008
RETRATOS DO PORTO - IV
CAMILO CASTELO BRANCO
quarta-feira, abril 16, 2008
RETRATOS DO PORTO - III
"- Agora - disse el-rei: agora, bispo rei e senhor, tudo se foi. O que aí está é um vilão como os outros. Que o levem dois desses homens para onde ele encarcerava a gente de bem, e punha a ferro as mulheres dos seus burgueses que lhe não cediam às torpes requestas (...)".
ALMEIDA GARRETT
terça-feira, abril 15, 2008
RETRATOS DO PORTO - II

Alexandre Herculano
segunda-feira, abril 14, 2008
RETRATOS DO PORTO - I
A cidade, vista por escritores e pintores ao longo dos tempos.
Fernão Lopes
domingo, abril 13, 2008
sábado, abril 12, 2008
sexta-feira, abril 11, 2008
O PORTO DAS PONTES - III
Manuel António Pina
quinta-feira, abril 10, 2008
terça-feira, abril 08, 2008
O PORTO DAS PONTES - I
Aquilino Ribeiro
domingo, abril 06, 2008
PARA T(R)I


tu me vires no futebol
estarei no campo
cabeça ao sol
a avançar pé ante pé
para uma bola que está
à espera dum pontapé
à espera dum penalty
que eu vou transformar para ti
eu vou
atirar para ganhar
vou rematar
e o golo que eu fizer
ficará sempre na rede
a libertar-nos da sede
não me olhes só da bancada lateral
desce-me essa escada e vem deitar-te na grama
vem falar comigo como gente que se ama
e até não se poder mais
vamos jogar
(...)
Letra e Música: Sérgio Godinho
terça-feira, abril 01, 2008
A propósito da disciplina nas escolas no "Prós e Contras" de ontem.

Esta "Psi", vítima da síndrome de adolescência retardada, ao iniciar a intervenção com uma dita "Declaração de Interesses", (auto designando-se como psicóloga, professora, política e mãe) esqueceu-se da sua condição de filha de Carlos Amaral Dias, talvez para que não déssemos conta da distância a que está do pai, medida em anos-luz e não em quilómetros.
E se José Gil foi aquilo que tinha de ser, uma e outro serviram às mil maravilhas para tornar este Show televisivo numa coisa desprovida de qualquer carácter esclarecedor para o grande público, feito à medida para manter Governo e Ministério da Educação nas graças dos eleitores. Até quando?
Salvaram-se a Isabel Fevereiro e o Amorim.